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Ontem, dia 4 de setembro, o Professor Strohschneider apresentou as conclusões do diálogo estratégico sobre o futuro da agricultura a Ursula von der Leyen, Presidente da Comissão Europeia, que em breve irá iniciar um novo mandato.
Recorda-se que a Política Agrícola Comum é a mais relevante política comunitária e à qual está cometida a maior fatia do orçamento europeu.
O relatório apresentado distingue-se pela sua abordagem deliberativa única e pelas suas recomendações abrangentes e constitui um primeiro passo crucial para o desenvolvimento da “Visão Agroalimentar” anunciada pela Presidente da Comissão em julho.
Originalmente introduzido por Ursula von der Leyen no seu discurso sobre o Estado da União de setembro de 2023, o diálogo estratégico sobre a agricultura foi concebido principalmente como uma resposta às deficiências da abordagem do topo para a base constante da estratégia “Do prado ao prato”. A iniciativa teve, por conseguinte, como objetivo reintroduzir um verdadeiro diálogo no processo de tomada de decisões. Sob a direção do Professor Strohschneider, as discussões centraram-se em questões de fundo, evitando as armadilhas da postura política e da polarização.
O resultado destes sete meses intensos de negociações é um documento denso que aborda exaustivamente os sectores agrícola e agroalimentar na sua totalidade, não deixando nenhuma questão importante esquecida. Os desafios que a comunidade agrícola enfrenta atualmente - como a concorrência desleal, os rendimentos limitados, o aumento dos custos energéticos, a renovação geracional e as alterações climáticas – intensificar-se-ão inevitavelmente caso não sejam enfrentados com uma abordagem atempada, coerente, pragmática e orientada para o impacto na elaboração de políticas.
A CAP aplaude o consenso sobre 1) o reconhecimento da agricultura e da alimentação como sectores estratégicos para a Europa, 2) o imperativo de garantir a segurança alimentar e o 3) compromisso com a sustentabilidade competitiva.
O diálogo estratégico também defende fortemente uma política comercial coerente, instando a Comissão a elevar a importância dos produtos agrícolas e alimentares nas negociações comerciais, especialmente à luz das discussões em curso sobre o acordo UE-Mercosul.
Entre os principais resultados, a ênfase no financiamento das transições necessárias – quer através de um “orçamento dedicado e proporcional à PAC”, de um “fundo temporário para uma transição justa” ou do reforço das parcerias público-privadas para mobilizar capital – é especialmente notável e deve ser considerada na próxima proposta de orçamento.
O relatório inclui igualmente várias recomendações críticas destinadas a capacitar os agricultores no âmbito da cadeia de valor, a melhorar a transparência, a combater as práticas comerciais desleais e a promover o modelo cooperativo. Estas são áreas em que é necessária uma ação urgente por parte das instituições da UE.
Destacamos também as recomendações do relatório sobre a gestão das terras (sem ocupação líquida de terras até 2050, Observatório Europeu das Terras Agrícolas), a revitalização das zonas rurais, a pecuária (estratégia sobre o papel da pecuária), a renovação geracional (plano de ação para a renovação geracional), a bioeconomia, a gestão da água, a gestão dos riscos e o acesso à inovação.
No entanto salientamos que este relatório deve ser visto como o início de um processo mais construtivo que conduzirá a uma visão mais coerente, equilibrada e estratégica da agricultura sob a direção de Ursula von der Leyen. O diálogo tem de prosseguir, envolvendo o Parlamento Europeu e o Conselho e principalmente as organizações de agricultores, para que o sector seja ouvido e participe nas tomadas de decisões.
É muito importante que neste período de mudanças na União Europeia, (novo Parlamento Europeu e constituição do colégio de comissários) que o sector agrícola esteja no centro da discussão ao nível europeu, para evitar episódios como os que se passaram no decorrer do ano passado, com um total desrespeito pelo sector agrícola, com políticas completamente desajustadas da realidade e sem qualquer tipo de reajustamento pelo executivo comunitário.
saber maisCiente dos novos desafios que nos são colocados e da importância que o uso dos drones tem na agricultura portuguesa, o InovTechAgro vai promover no próximo dia 25 de setembro nas instalações do INIAV, em Elvas, uma sessão técnica dedicada ao tema " Sessão Técnica do Uso de Drones em Agricultura".
A produtividade do fator mecanização, a agricultura de precisão e a transição digital no setor Agroflorestal são uma realidade para a qual o InovTechAgro – Centro de Competências para a Inovação Tecnológica do Setor Agroflorestal tem dado o seu contributo enquanto Unidade da Rede de Inovação, trabalho este testemunhado por mais de um milhar de participantes às nossas sessões, mais de 500 técnicos certificados em programas de formação e a presença diária de 450 participantes no grupo de WhatsApp que dinamizamos.
As inscrições são gratuitas, mas limitadas à capacidade da sala (130 lugares).
Inscreva-se aqui, com data limite, dia 13 de setembro (link para inscrição).
saber maisO recurso a sementes geneticamente melhoradas é uma prática cada vez mais consolidada entre os agricultores do Baixo Mondego. O objetivo é reduzir o impacto das infeções por vírus, fungos e bactérias que afetam as culturas de milho e arroz, tornando-as cada vez mais resistentes a doenças e intempéries.
O exemplo mais recente está no vírus do nanismo do milho, praga agrícola detetada nesta campanha no Baixo Mondego, afirma Francisco Dias, engenheiro agrícola, técnico da Cooperativa Agrícola do Concelho de Montemor-o-Velho (CACMV) e formador da Escola Profissional e de Desenvolvimento Rural do Baixo Mondego (EPDRBM).
"O vírus do nanismo do milho leva à formação de plantas anãs e improdutivas, o que pode causar prejuízos elevados. Este vírus é transmitido por um inseto (cicadelídio) portador do vírus, que o transmite de planta em planta. Neste momento estão a ser avaliados os prejuízos e está a ser elaborada uma lista de variedades tolerantes a esta virose, para tentarmos perceber o que fazer nos próximos anos. As perdas serão avaliadas agora, na colheita, com maior precisão", afirma Francisco Dias.
Os agricultores estão confiantes e acreditam que os danos estão controlados, graças ao esforço gradual e concertado de várias instituições locais. Parte desse trabalho culmina com a realização do evento Mondego Agrícola — Feira das Culturas, que decorre hoje e amanhã em Sabico das Areias, Montemor-o-Velho, onde os agricultores têm a oportunidade de adquirir plantas melhoradas geneticamente para a região.
O melhoramento genético das sementes tem sido o principal recurso dos agricultores do Baixo Mondego. Num cenário em que também existe resistência aos herbicidas, o desenvolvimento de variedades adequadas às condições climatéricas e com resistência a vírus, fungos ou bactérias específicas constitui a maior proteção contra as pragas agrícolas. O Mondego Agrícola 2024 proporciona aos visitantes um ensaio de variedades de milho de elevado potencial genético, permitindo aos agricultores escolherem as variedades com as características que melhor se adaptem às condições edafoclimáticas do solo.
"No caso desta virose, sabemos que existem variedades de plantas mais resistentes do que outras. As plantas desenvolvidas em conjunto com a investigação científica criam variedades resistentes às pragas e adaptadas, por exemplo, às novas condições climáticas: mais resistentes à falta de água e com maior tolerância a temperaturas mais elevadas e ventos fortes", diz Francisco Dias.
Em linha com o resto do país e do mundo, a gestão das plantas infestantes na cultura do arroz tem sido outro desafio enfrentado pelos orizicultores do Baixo Mondego. "A investigação não está a conseguir encontrar novos herbicidas capazes de controlar as plantas infestantes no arroz", explica o engenheiro agrícola, problema que decorre da criação de resistência aos produtos fitofarmacêuticos. No Mondego Agrícola os orizicultores podem visitar ensaios de variedades de arroz, fertilizantes, novos herbicidas e uma vitrine de variedades do sistema Provisia.
A doença mais grave da região na cultura do arroz é a piriculariose, causada por um fungo que se instala nas folhas, caules e panículas, causando lesões que afetam a produção do arroz. Das três zonas orizícolas nacionais, a zona do Baixo Mondego é a mais afetada, devido ao facto de as condições climatéricas serem propícias ao desenvolvimento da doença, com humidades relativas elevadas.
O evento Mondego Agrícola tem início hoje e a organização dá conta de um interesse crescente dos profissionais do setor, estando a tornar-se um evento nacional. Está prevista a presença de produtores provenientes de outras regiões do norte e sul do país, que poderão visitar a feira agrícola e assistir, a partir de hoje à tarde, a palestras sobre estes temas.
Realizado em contexto de campo, o Mondego Agrícola exibe ensaios das variedades de plantas disponíveis para os agricultores, incluindo ainda demonstrações dos equipamentos e técnicas mais adequadas de cultivo e colheita, viradas para uma agricultura de precisão. «Precisamos de equipamentos modernos e adequados porque, se a agricultura não for uma atividade atrativa, não há quem queira trabalhar no setor», afirma Francisco Dias.
A nova colheita de Maçã de Alcobaça já está a decorrer e a sua chegada à maioria dos supermercados também está a acontecer com normalidade e com excelente qualidade.
Goradas as expectativas de recuperação das quantidades perdidas nas 2 últimas campanhas (2022 e 2023), a produção de Maçã de Alcobaça IGP em 2024 continua media/baixa na sua principal variedade Gala, cerca de 10% inferior à campanha passada e cerca de 30% inferior a uma campanha normal, apesar de maior em cerca de 10% no que refere ao número de frutos, que se formaram com crescimento mais lento e consequentemente frutos mais pequenos.
Esta redução do crescimento deve-se a alterações climáticas relacionadas com o aquecimento climático, em especial nesta campanha com aquecimento durante o período de inverno, não tendo as plantas pelo 3º ano consecutivo conseguido satisfazer as necessidades de horas de frio para quebrarem com normalidade a sua dormência fisiológica.
Apesar destas consequências menos favoráveis para o crescimento, para a produtividade e para o rendimento dos produtores, resta a enorme satisfação de o menor crescimento dos frutos se traduzir em frutos mais ricos, mais concentrados em sólidos solúveis, em minerais e em fitonutrientes, e como tal em frutos mais uma vez, muito atrativos pelos pigmentos formados, super aromáticos pela extrema riqueza em ácidos orgânicos e açúcares naturais, que no seu conjunto tornam a experiência de consumo agradável e diferenciadora.
Resta ainda a esperança de as variedades tardias, de colheita em Setembro e Outubro recuperarem das produções perdidas, tais como maçãs do tipo Reineta, do tipo Granny Smith e do tipo Fuji, estas últimas apresentando-se já como o segundo grupo varietal mais representativo do total de Maçã de Alcobaça IGP.
Excetuando a referência climática referenciada, nas restantes condições a campanha decorreu com normalidade, sem problemas graves de pragas e doenças, aliado a conceitos de produção sustentável, a práticas de agricultura regenerativa, a métodos de gestão racional do uso da água, a múltiplas práticas de limitação natural de pragas e luta biológica, permitiram introduzir a conceção dos primeiros Eco Pomares de Maçã de Alcobaça com reforço dos serviços naturais ou serviços ecológicos que hoje um pomar de Maçã de Alcobaça IGP proporciona para além da produção de maçã segura e saudável.
A APMA (Associação dos Produtores de Maçã de Alcobaça) é constituída por 22 Organizações e Agrupamentos de Produtores e representa um consórcio de aproximadamente 500 famílias de produtores, que no seu total produzem 8 grupos de variedades distintas, num total de mais 50.000.000 Kg (50 milhões Kg) de maçã, o que representa a cerca de 400.000.000 (400 milhões) de Maçãs de Alcobaça IGP certificadas.
saber maisA PepsiCo nomeou Christian Cerezo como responsável da equipa de agricultura do sudoeste da Europa, após a reforma de Ángel Alonso, que dirigiu o departamento durante as últimas três décadas.
Christian Cerezo, que tem sete anos de experiência na empresa, irá liderar a agenda de Agricultura Positiva da PepsiCo na Península Ibérica para impulsionar a agricultura regenerativa entre os seus agricultores e otimizar a gestão das culturas para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa. Por outro lado, continuará a impulsionar a agenda de digitalização da PepsiCo na agricultura, formando os agricultores e fornecendo-lhes ferramentas digitais para monitorizar as suas culturas, melhorando a produção agrícola e otimizando os recursos.
Cerezo assume também a gestão de matérias-primas agrícolas, como a batata, o milho, o grão de milho e o tomate, para o abastecimento das fábricas da PepsiCo em Espanha (Burgos Snacks e Murcia Alvalle) e Portugal (Carregado Snacks), assim como a relação comercial e a colaboração com os fornecedores da empresa, com os quais a PepsiCo trabalha há mais de 20 anos, em média, nos dois países.
"Aceito com grande entusiasmo o desafio de liderar esta nova etapa da equipa agro. Quero agradecer ao meu antecessor, Ángel Alonso, e a toda a equipa pelo grande legado que deixaram, ao fim de mais de 30 anos na empresa. A minha prioridade nesta nova fase é continuar a impulsionar a agenda de sustentabilidade da PepsiCo, juntamente com os grandes profissionais que compõem esta equipa e com os nossos agricultores, com o intuito de alcançar os nossos objetivos para 2030", afirma Christian Cerezo, Diretor de Agricultura da PepsiCo Sudoeste da Europa.
A equipa agricultura é composta por seis pessoas, responsáveis pelas áreas de Agronomia e Sustentabilidade na cultura da batata e do milho, Digitalização, que faz o fornecimento de matérias-primas às fábricas de Burgos, Espanha e do Carregado e a compra de matérias-primas para o gaspacho Alvalle, produzido na fábrica de Múrcia, Espanha.
A PepsiCo trabalha há mais de dez anos para implementar práticas agrícolas sustentáveis nas zonas rurais espanholas, colaborando com os agricultores locais e fornecendo-lhes formação e ferramentas tecnológicas.
Desde 2018 que as principais culturas diretas de batata da PepsiCo, em Portugal, são 100% de origem sustentável, de acordo com o Programa de Agricultura Sustentável da empresa. Além disso, a PepsiCo também está a trabalhar para desenvolver a agricultura regenerativa nas suas culturas, com o objetivo de restaurar a fertilidade do solo, a biodiversidade e os nutrientes. A empresa já lançou um programa piloto de 5 anos em Arévalo, Espanha, para investigar as melhores práticas de agricultura regenerativa no cultivo da batata.
Para atingir este objetivo, a PepsiCo também desenvolveu ferramentas digitais que, através da inteligência digital e do big data, permitem aos seus agricultores obter informações valiosas para aumentar a eficiência das culturas e reduzir as emissões de gases com efeito de estufa (GEE), como a ferramenta iCrop.
saber maisO mês de setembro é também o período obrigatório para efetuar a declaração de existências de galinhas poedeiras.
Conforme aviso da Direção Geral de Alimentação e Veterinária os procedimentos para a declaração de existências dos efetivos de galinhas poedeiras decorrem durante o mês de setembro e todos os detentores ficam obrigados a declarar os efetivos que possuíam à data de 1 de setembro de 2024.
Estão isentos da declaração de existências os estabelecimentos:
A declaração de existências deverá ser efetuada durante o mês de setembro pelo detentor, através do seguinte endereço https://avidec.dgav.pt ou, em alternativa em qualquer dos Serviços de Alimentação e Veterinária Regionais
Fonte: DGAV
saber maisEntre 1 e 30 de setembro os apicultores devem proceder à declaração anual obrigatória de existências dos apiários, seus registos e movimentação.
A Declaração de Existências é efetuada na Área Reservada do IFAP.
Pode ser feita diretamente pelo apicultor ou pelas Direções de Serviços de Alimentação e Veterinária da Região (DSAVR), pelas suas Divisões ou Núcleos (DAV/NAV), podendo também recorrer às organizações de apicultores com protocolo com o IFAP para este efeito.
Os apicultores têm de fornecer ou confirmar obrigatoriamente as coordenadas geográficas aproximadas do(s) respetivo(s) apiário(s), sendo obrigatória a aposição do número de registo do apicultor em local bem visível dos apiários.
Fonte: DGAV
saber maisCerca de 85 mil pessoas passaram pela 10ª edição da AgroSemana – Feira Agrícola do Norte que decorreu entre 29 de agosto e 1 de setembro no Espaço Agros, na Póvoa de Varzim. Ao longo dos quatro dias, todos os que passaram pelo recinto da Feira puderam experienciar a força do setor Agrolimentar. Foram várias as personalidades e entidades ligadas ao setor que, na visita que efetuaram, tiveram a oportunidade de provar o que de melhor se produz em Portugal.
A Feira contou com a presença de expositores de várias zonas do país que reforçaram a importância deste setor na dinamização económica do território e na sua coesão.
Ao longo de todo o certame promovemos a degustação e oferta de lácteos, partilhando com os nossos visitantes produtos de qualidade ímpar, essenciais para uma dieta saudável e equilibrada, como prova a Roda dos Alimentos e a Dieta Mediterrânea.
Foram várias as atividades desenvolvidas que contribuíram para a partilha de conhecimento da nossa atividade, com destaque para as Agrovisitas às quintas dos nossos Produtores, assim como as sessões técnicas apresentadas.
Nesta 10ª edição, a Agrosemana cumpriu com um dos seus propósitos, o de aproximar o público urbano ao que de melhor se produz no mundo rural, quebrando com conceitos distorcidos e desconhecedores da realidade.
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